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Title: Uma defesa do método histórico-crítico à luz do debate entre E. D. Hirsch E H.-G. Gadamer
metadata.dc.creator: Rodrigues, Marcelo Daniel
metadata.dc.contributor.advisor1: Wachholz, Wilhelm
Keywords: LEITURA E ENSINO DA BÍBLIA;Método hstórico-crítico;Hermenêutica;Pós-modernidade;Intencionalidade do autor;Relativismo hermenêutico;Historical-critical method;Hermeneutics;Post-modernity;Intentionality of the author;Hermeneutic relativism
Issue Date: 5-Sep-2017
Publisher: Faculdades EST
Series/Report no.: TMP;527
metadata.dc.description.resumo: Este trabalho defende o método histórico-crítico sob a perspectiva da hermenêutica filosófica de E. D. Hirsch Jr., que defende a intencionalidade do autor como determinante do significado de um texto, o que contraria a pós-modernidade, sendo influenciada por diversos filósofos pós-modernos como Hans-Georg Gadamer, que focou a atenção das hermenêuticas jurídicas, filológicas e teológicas na perspectiva do leitor. A hermenêutica, baseada nos conceitos gadamerianos de tradição, quase-repetição e fusão de horizontes abriu margens para o relativismo, já que, segundo a pós-modernidade hermenêutica, a intencionalidade do autor é impossível de ser buscada e, assim, o importante é a relação texto-leitor, ou seja, a autonomia semântica dos textos e os pré-conceitos do intérprete. Hirsch discorda e questiona os pressupostos da filosofia hermenêutica de Gadamer, demonstrando, baseado na fenomenologia de Husserl, que é possível buscar a intencionalidade do autor por meio da duplicação da consciência: a do próprio intérprete e a da reconstituição da intencionalidade do autor. Assim, separando os próprios pré-conceitos da reconstituição da intenção do autor, é possível buscar essa intencionalidade a partir da descoberta do gênero literário, em que o intérprete recolhe informações necessárias para a busca da intencionalidade autoral. Além disso, separa, ao contrário de Gadamer, os conceitos de significado, intencionado pelo autor, da significância, a relevância da compreensão do significado do texto para o intérprete. Por fim, a partir de argumentos probabilísticos, é possível identificar a compreensão interpretativa que chega ou se aproxima da intencionalidade autoral expressa no texto, ou seja, o significado verbal. Como Hirsch questiona a perspectiva hermenêutica com foco no leitor, e não no autor, a teoria interpretativa de Hirsch é usada para defender a análise diacrônica, base do método histórico-crítico em detrimento das hermenêuticas bíblicas pós-modernas, que privilegiam a análise sincrônica, com foco no texto em si mesmo e a sua interação com o leitor, e, até mesmo, as hermenêuticas que não desprezam a análise diacrônica, mas que ainda sustentam a análise sincrônica.
Description: 88 p.
URI: http://dspace.est.edu.br:8080/jspui/handle/BR-SlFE/805
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