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Title: A liberdade de expressão e a religiosidade
metadata.dc.creator: Cunha, Maurício Rafael
metadata.dc.contributor.advisor1: Bobsin, Oneide
Keywords: ÉTICA E GESTÃO;Liberdade de Expressão;Liberdade religiosa;Islã;Ocidente;Freedom of Expression;Religious Freedom;Islam;The West
Issue Date: 16-Jan-2017
Publisher: Faculdades EST
Series/Report no.: TMP;481
metadata.dc.description.resumo: O presente trabalho trata da liberdade de expressão e de imprensa quando confrontada com o direito à liberdade religiosa. Aborda o conflito entre os valores éticos-morais e religiosos do povo muçulmano e os valores caros da Democracia Ocidental: a liberdade de expressão. Qual destes direitos predomina: o direito à liberdade da religião islâmica de não sofrer influência ou críticas do Ocidente, ou a liberdade de expressão ilimitada do Ocidente, onde tudo se pode dizer e criticar? E, além disso, trata-se aqui da percepção dos fundamentalistas extremistas islâmicos sobre essa questão. Não de todo o povo muçulmano, que até protesta de forma moderada e pacífica contra as ofensas sofridas, mas sim do olhar dos terroristas, que reagem a tudo de forma irracional, violenta e mortal. E sabe-se que o extremismo, em qualquer esfera, sobretudo alicerçado em fundamentos religiosos (o que leva ao fanatismo religioso), reflete-se na construção de verdade absolutas, na não aceitação de outros argumentos e na inaptidão em compreender que as pessoas podem pensar e se expressar de forma diferente. E assim é um terrorista islâmico: um fanático religioso, que considera a si, o seu povo e sua religião ofendidos e oprimidos há muitos séculos, relegando-os à inferioridade social, a exclusão do sistema neoliberal capitalista, na sociedade líquida de Bauman. Destaca-se neste estudo o ataque ao Jornal francês Charlie Hebdo, que depois da publicação de muitas charges ofensivas ao islã, ao profeta Maomé e a Alá, sofreu um atentado terrorista em janeiro de 2015, deixando 12 pessoas mortas (entre eles os principais cartunistas do Semanário) e 11 feridos. Diante do exposto, tem-se como questão de pesquisa: diante do fanatismo religioso de parte do povo islâmico, que pertence ao extremismo islâmico (aqui tratado, podendo, contudo, ocorrer em outras religiões), é legítima, ética e moral a manifestação da liberdade de expressão ofensiva aos muçulmanos? Essa manifestação do pensamento, ao ofender uma cultura e uma religião não estaria extrapolando os limites éticos e incentivando a violência e os ataques terroristas dos extremistas islâmicos contra o Ocidente? O estudo tem como objetivo geral demonstrar que a liberdade de expressão tem limitações, sobretudo quando confrontada com outro direito fundamental que é a liberdade religiosa. Como resultado da pesquisa conclui-se que a liberdade de expressão é uma conquista inquestionável do mundo democrático, contudo, não pode ser ilimitada, usada, por exemplo, para ofender um povo e uma religião. Os danos causados podem ser irreparáveis, como mostra a história. O estudo é baseado em pesquisa bibliográfica, com análise qualitativa.
Description: 75 p. : il.
URI: http://dspace.est.edu.br:8080/jspui/handle/BR-SlFE/760
Appears in Collections:Base de Teses e Dissertações da Faculdades EST

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