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Title: Pastoral popular urbana: da contribuição ao desencantamento e reinvenção
metadata.dc.creator: Costa, Maria Brendalí
metadata.dc.contributor.advisor1: Zwetsch, Roberto Ervino
Keywords: Pastoral Popular Urbana;Igreja Popular;Mundo do Trabalho;Periferia;TEOLOGIA PRÁTICA;Urban Popular Ministry;Popular Church;Work World;Periphery
Issue Date: 6-Aug-2013
Publisher: Faculdades EST
Citation: COSTA, Maria Brendalí. Pastoral popular urbana: da contribuição ao desencantamento e reinvenção. 2013. 222 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) - Faculdades EST, São Leopoldo, 2013.
metadata.dc.description.resumo: A presente dissertação é fruto de uma pesquisa sobre a história, a proposta e a prática da Pastoral Popular Urbana PPU organizada na periferia da Diocese de Caxias do Sul-RS em 1984, mas com raízes iniciais em 1969. A pesquisa utilizada foi: bibliográfica, documental, diários de campo, pesquisa social e a experiência pessoal. Seu objetivo foi analisar as contribuições da PPU quando optou pelo mundo do trabalho e pela classe operária, no processo de industrialização e urbanização, bem como as razões de seu desencantamento, verificando os motivos desta proposta não ter criado raízes, apesar de um projeto de igreja concreto. O processo de nascimento de uma igreja preocupada com o povo e com os problemas sociopolíticos, nos meados da década de 1960, é resultado de um processo que frutificou inicialmente por iniciativa de lideranças de base, principalmente da Ação Católica especializada, conscientes da realidade de dependência e dominação latino-americana. A pesquisa faz uma análise das diferentes maneiras pelas quais a Igreja Popular influenciou os objetivos, a metodologia, a teologia e a eclesiologia da PPU na periferia de cidades da Diocese de Caxias do Sul. Nesse período, as ditaduras militares na América Latina tornavamse cada vez mais violentas contra a população e lideranças do movimento de libertação. Em todo o Brasil a repressão militar teve profundas implicações no processo de libertação. Os movimentos sindical, estudantil e popular foram praticamente dizimados e os partidos políticos foram fechados. Qualquer reação popular era duramente perseguida. A reação à ditadura começou a ganhar espaço, através da reorganização do movimento popular, sindical e estudantil, das Comunidades Eclesiais de Base e dos Centros de Direitos Humanos na luta pela anistia e a democracia. A Igreja Católica passou do apoio incondicional ao questionamento das práticas repressivas utilizadas pela ditadura. Este tempo se caracteriza por grande criatividade teórica e prática, e pelo compromisso de setores de igrejas cristãs no processo de libertação latino-americano. Neste cenário floresce uma igreja mais popular, que acontece através da prática da pastoral popular. Considerar esta efervescência social e eclesial é condição para analisar a proposta da PPU como fruto de um longo período de acompanhamento, participação e análise das transformações que ocorriam no mundo, mais especificamente na América Latina. Na memória da história da PPU se resgatam personagens, práticas, metodologias e uma proposta de evangelização comprometida com as transformações estruturais da sociedade, como mediações históricas do reino de Deus, que tem como fontes o Concílio Vaticano II, a Teologia da Libertação, a Igreja Popular, o Movimento de Libertação e a opção pelos/as pobres. Com a abertura política e o processo de democratização, no final da década de 1980, percebe-se um processo de cansaço e esgotamento da prática da PPU, assinalando uma fase de transição que requer uma revisão das orientações e práticas que antes vingaram, mas que nesse momento histórico não dão mais conta da nova complexidade.
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