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Title: Ser nascido na vida: a fenomenologia da vida de Michel Henry e sua contribuição para a clínica
metadata.dc.creator: Wondracek, Karin Hellen Kepler
metadata.dc.contributor.advisor1: Mueller, Enio Ronald
Keywords: Psicanálise e religião;Fenomenologia;Encarnação;TEOLOGIA E HISTÓRIA;Psychoanalysis and religion;Phenomenology;Incarnation
Issue Date: 10-Mar-2010
Publisher: Faculdades EST
Citation: WONDRACEK, Karin Hellen Kepler. Ser nascido na vida: a fenomenologia da vida de Michel Henry e sua contribuição para a clínica. 2010. 258 f. Tese (Doutorado em Teologia) - Faculdades EST, São Leopoldo, 2010.
metadata.dc.description.resumo: Esta tese investiga a contribuição de Michel Henry (1922-2002) para a clínica psicoterapêutica. Sua original fenomenologia da Vida aprofunda questões trazidas do diálogo entre Freud e Pfister. Parte I: Vida, obra e pensamento de Michel Henry: Sua crítica aos rumos do pensamento ocidental aponta efeitos da redução galileana que pelo monismo ontológico apenas considera verdadeiro o que é passível de ser representado ou visualizado. Esse é insuficiente para a compreensão da condição humana; Henry propõe o dualismo do aparecer e a inversão do método fenomenológico para abarcar a fenomenalização da vida que se doa como afeto na imanência. Como maior contribuição de Henry está o pioneirismo na investigação fenomenológica da condição autoafetiva do afeto. Parte II: O percurso de Henry pelo cristianismo como proposta fenomenológica de acesso à verdade da Vida: O cristianismo lega à filosofia um paradigma, ainda pouco explorado, de propor a compreensão da vida na inteligibilidade do Logos invisível que gera todo o visível. A condição humana é a de Filho, nascido na Vida absoluta; sua vida doada como um Si dado na passibilidade radical. Pela fenomenologia da encarnação se aprofunda a noção de pathos, com desdobramentos para a questão do sofrimento e da angústia. A condição humana é paradoxal na articulação entre a verdade visível e a invisível. Parte III: A leitura henryana da psicanálise: essa alberga a vida na aridez do pensamento ocidental, mas também sofre seus efeitos, inclusive nos conceitos fundamentais, especialmente na abordagem do afeto. Como contraponto à genealogia apontada por Henry se destaca o enraizamento judaico da psicanálise, que lhe permite manter o paradigma da irrepresentabilidade e da errância. Com Julia Kristeva indicamos a proximidade com as afirmações da fenomenologia do cristianismo. Ao final, volta-se à clínica e às contribuições da fenomenologia da Vida para a prática, no paradigma do duplo aparecer.
URI: http://dspace.est.edu.br:8080/xmlui/handle/BR-SlFE/158
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