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Title: O conceito de pessoa em Lima Vaz e Von Balthasar: uma contribuição para o ensino de teologia
metadata.dc.creator: Xavier, Marivelto Leite
metadata.dc.contributor.advisor1: Sinner, Rudolf Eduard von
Keywords: Educação Teológica;Henrique C. de Lima Vaz;Hans Urs von Balthasar.;Conceito de Pessoa;Theological Education;Concept of Person;RELIGIÃO E EDUCAÇÃO
Issue Date: 10-Aug-2015
Publisher: Faculdades EST
Series/Report no.: TD;143
metadata.dc.description.resumo: A presente tese discute o conceito cristão de Pessoa como estatuto transcendental universalmente válido para o ensino acadêmico de teologia. Por mediação do método genealógico em Lima Vaz, o conceito de Pessoa manifesta-se velado na Forma grega. Lima Vaz é considerado o maior filósofo brasileiro do século XX. Utilizamos de sua tradição hermenêutica nos capítulos iniciais onde discutiremos a exigência objetiva da forma. Tradição semântica que se aproxima, como ficará demonstrado nos capítulos finais das posições filosóficos teológicas de von Balthasar. A Pessoa aparecerá velada entre os gregos. A arte de aprender a própria identidade – educação – é ela mesma o caminho em direção à Forma. A formação do homem grego é a formação do Mesmo. Ainda que de forma velada! No cristianismo a abstração grega recebe da relação Trinitária o estatuto de história. O tempo é privilegiado na criação. O ser humano se reconhece na medida em que se percebe conhecido pela razão de Deus. Há um rosto e uma racionalidade própria para reconhecê-Lo e o véu é retirado. A identidade do homem é reconhecer-se como Imago Dei. Imagem que é racionalidade comum a todos os seres humanos – Igreja. A Igreja é a identidade do homem e conhecê-la é se ver no espelho. Na leitura vaziana de Santo Tomás a Igreja é a presença analógica divina na qual o ser humano pode reconhecer-se como participante do ser Pessoa. Participação que é paradoxal em que a debilidade extrema dos entes participantes torna se condição objetiva de validade do discurso do ser universal. Pessoa é uniquididade – medida singular, única, insubstituível e irrepetível no tempo conforme definição em von Balthasar. A eternidade não está fora do tempo, mas propicia mais tempo ao tempo. Frágil e débil caniço da condição humana que recebe mais tempo e com ele a condição dramática da vida sempre paradoxal. Nem a eternidade gnóstica nem a experiência absurda do materialismo de negação do tempo vivido. Mas, mais tempo ao tempo. Faz se importante considerar que o paradoxo definirá os termos. Parecerá por vezes confuso, mas será esse contraste que não é contradição que permitirá o aparecimento da imagem que buscamos. Tempo que é essa percepção esquecida com o Consolador, da visão objetiva e racional do universal no mais particular, da beleza na fragilidade, da alegria na dor! Estatuto estético-literário que cumpre as exigências da fenomenologia rigorosa, mas que encontra na Pessoa o conhecimento sintomático racional do mundo da vida, sua deformidade e vazio. Paradoxalmente também reconhece o real da Verdade, sua ternura e consolo. Esse conhecimento é reconhecimento – a educação como formação do ser humano mesmo.
Description: 176 p. : il.
URI: http://dspace.est.edu.br:8080/jspui/handle/BR-SlFE/715
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