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Title: Ecos de uma história silenciosa : grupos de OASE da IECLB
metadata.dc.creator: Blind, Sisi
metadata.dc.contributor.advisor1: Bobsin, Oneide
Keywords: Memórias;Silêncio;Cotidiano;Espaço;Identidade religiosa;TEOLOGIA PRÁTICA;Memories;Silence;Daily space;Religious identity
Issue Date: 8-Apr-2009
Publisher: Faculdades EST
Citation: BLIND, Sisi. Ecos de uma história silenciosa : grupos de OASE da IECLB. 2009. 161 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) - Faculdades EST, São Leopoldo, 2009.
metadata.dc.description.resumo: O silêncio e o espaço cotidiano das ações das mulheres são referenciais de análise na construção do entendimento da transmissão da memória e da identidade religiosa dos grupos de mulheres da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. O silêncio não fala, não é possível traduzi-lo em palavras, mas nas ações ele se torna palavra. As ações cotidianas e o testemunho de fé das mulheres da OASE, em silêncio, são indicações do formato social de nossa realidade sócio-religiosa. A tese do silêncio que sustentamos advém das palavras das próprias protagonistas da ação. Este silêncio não é sinônimo de ausência ou de fraqueza. É presença e também poder. A rede de poder é uma teia que se alastra por toda a sociedade e ninguém pode dela escapar. Também as mulheres da OASE, em seu centenário silêncio, exercem o poder. Analisar as teias do poder que são vivenciados nas relações cotidianas destas protagonistas é olhar para a particularidade da vida. A tentativa de mergulhar no cotidiano, de buscar o significante do invisível é por reconhecê-lo como espaço, tempo e lugar dos conflitos racionais e irracionais de nossa época, onde se estabelecem os problemas de produção da vida concreta. Nas redes do cotidiano, estão os nós, os laços a serem atados ou desatados. É no espaço cotidiano que se cuida das necessidades básicas da vida. A prática do cuidado é um referencial importante da ação das mulheres. Ela acontece em muitos espaços, mas é na cozinha que se concentram a maioria das suas ações, tanto no cotidiano doméstico quanto nas ações comunitárias. A cozinha é o lugar que permite o acesso ao entendimento da cultura, da expressão religiosa que definem o comportamento e a forma de como se entende a vida e a fé cotidianamente. O espaço da cozinha é o lugar da memória, dos cheiros, da continuidade das relações. É em torno da mesa que a comunhão é vivenciada. É através da memória que os valores da fé são transmitidos. Portanto, é a memória guardada pela mãe que as faz pertencer ao universo religioso de comunhão, de testemunho e de serviço. O perfil característico deste grupo tem na memória transmitida a construção do vínculo. Este também é o perfil característico da mobilização religiosa: a perpetuação da memória como construtora da continuidade religiosa. É a memória religiosa que conserva, reproduz e garante a permanência de um pensamento, de uma identidade confessional. Temos no grupo das mulheres da OASE um valorativo e comprovado potencial de guarda da memória da identidade religiosa e da continuidade da mesma.
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