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Title: Perspectivas de uma política da convivência em Hannah Arendt : os direitos humanos como possibilidade de intersecção político-teológica problematizados pelo pensamento de Hannah Arendt
metadata.dc.creator: Oliveira, Kathlen Luana de
metadata.dc.contributor.advisor1: Schaper, Valério Guilherme
Keywords: Direitos humanos;Violência;Convivência;Hannah Arendt;Mundo comum;TEOLOGIA E HISTÓRIA;Human rights;Violence;Living together;Hannah Arendt;Common world
Issue Date: 27-Mar-2009
Publisher: Faculdades EST
Citation: OLIVEIRA, Kathlen Luana de. Perspectivas de uma política da convivência em Hannah Arendt : os direitos humanos como possibilidade de intersecção político-teológica problematizados pelo pensamento de Hannah Arendt. 2009. 160 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) - Faculdades EST, São Leopoldo, 2009.
metadata.dc.description.resumo: Uma abordagem política dos direitos humanos na intersecção com a teologia, no resgate da gênese dos direitos humanos enquanto construção histórica, no confronto com a violência e na perspectiva de uma política da convivência, a partir do pensamento de Hannah Arendt. A primeira parte situa a teologia no debate político acerca dos direitos humanos, sem fundamentá-los teologicamente, centralizando, desse modo, sua densidade política. Evidencia limites e potencialidades da intersecção entre teologia e política, a partir da compreensão de teologia enquanto saber transfigurado pelo amor e enquanto teologia patética . Estabelece um diálogo entre a percepção política de Jürgen Moltmann e a análise da tradição teológica de Hannah Arendt. A segunda parte aborda os direitos humanos como construção histórica no âmbito de uma comunidade política e reitera que os direitos humanos não provêm da essencialização da dignidade ou da igualdade humana. São apresentadas as origens dos direitos humanos e as diferenças em sua positivação na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América e na Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, evidenciando que nem todas as pessoas eram reconhecidas como iguais e detentoras de direitos. Os direitos humanos integram o espaço público e reivindicam liberdade e emancipação contra a opressão e a violência, desde que garantidos e protegidos por uma comunidade política. A terceira parte atesta que a violência invade o espaço público, revelando a inexiqüibilidade dos direitos humanos. A violência do século XX impossibilitou o direito a ter direitos, o direito de se pertencer a uma comunidade política, o direito de construir um lar. A compreensão de violência associada à política reduz o poder a relações de dominação e de medo, destruindo a pluralidade humana, impossibilitando a ação em concerto. A quarta parte aponta os direitos humanos como referenciais imprescindíveis para o estabelecimento de um mundo comum, pautado na convivência e caracterizado pela valorização e pelo reconhecimento da pluralidade humana, ressaltando a importância do poder de perdoar, de prometer e a possibilidade de começar. Apesar da destruição do mundo comum, no qual prevalecem os consumidores, a violência, o vazio reflexivo, há possibilidades de novos inícios. A esperança provém da natalidade, da relação entre as pessoas singulares e da possibilidade de resistência que encoraja à ação. Em meio à destruição de tudo o que há entre as pessoas, os direitos humanos carregam possibilidades de convivência, iniciando movimentos de resistência. Nesse processo de construção, os direitos humanos revelam que o pertencer ao mundo precisa ser resgatado, primeiro, enquanto senso comum, e, em segundo lugar, pertencer ao mundo é o direito de torná-lo um lar, e não um deserto. Por isso, os direitos humanos possuem possibilidades de promover a convivência, contrariando as condições da política atual.
URI: http://dspace.est.edu.br:8080/xmlui/handle/BR-SlFE/57
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