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Title: Dom Quixote: o elogio da leitura e o sentido da religiosidade
metadata.dc.creator: Vianna, Marielle de Souza
metadata.dc.contributor.advisor1: Mueller, Enio Ronald
Keywords: Religiosidade;Leitura;Literatura;Cervantes;Dom Quixote;TEOLOGIA E HISTÓRIA;Religiosity;Reading;Literature;Cervantes;Dom Quixote
Issue Date: 12-Dec-2012
Publisher: Faculdades EST
Citation: VIANNA, Marielle de Souza. Dom Quixote: o elogio da leitura e o sentido da religiosidade. 2012. 190 f. Tese (Doutorado em Teologia) - Faculdades EST, São Leopoldo, 2012.
metadata.dc.description.resumo: Esta tese investiga as relações que vinculam o significado da leitura e o sentido da religiosidade em Dom Quixote de La Mancha, um dos romances fundadores da literatura moderna, escrito por Miguel de Cervantes. A primeira parte, além de mostrar que a leitura é um elemento constitutivo na tessitura da obra de Cervantes, analisa o ato de ler em suas múltiplas dimensões. A leitura é considerada uma prática social que se desenvolve historicamente e que se efetiva de modo diverso na esfera pública (leitura oral) e na esfera privada (leitura silenciosa). A segunda parte da tese apresenta uma reconstrução do percurso cervantino para a criação do romance, tomando como referência a questão da religiosidade. Ao apresentar elementos sócio-históricos e biográficos, mostra como Cervantes incorpora em seu texto literário uma crítica à mentalidade da época, discutindo especialmente os problemas da origem e do pertencimento de Quixote ao catolicismo. A terceira parte analisa a relação entre a oralidade e a leitura pública, considerando principalmente as figuras cervantinas do cura e do Sancho Pança como representantes de uma concepção religiosa de mundo que vive da tradição oral. Sancho representa o conhecimento produzido, conservado e transmitido pela cultura oral. Já o cura vive uma religiosidade institucionalizada e representa o protagonista da leitura pública, meio para a transmissão das crenças e dogmas da doutrina católica. A quarta e última parte mostra como a leitura silenciosa constitui em Dom Quixote uma prática que serve para justificar a vida contemplativa e para promover a defesa de valores cristãos. Dado ao fato que a leitura silenciosa proporciona mais intimidade com os textos, ela possibilita uma pluralidade de interpretações, muitas vezes conflitantes. Quixote interpreta suas leituras de um modo muito particular e assim também vive sua religiosidade. Mostra-se que, para Quixote, a leitura das novelas de cavalaria permite o encontro das virtudes cristãs, que ele exalta não somente pelas palavras mas também pelas ações. Conclui-se que em Dom Quixote de La Mancha a relação entre religiosidade e leitura é reciprocamente constitutiva.
URI: http://dspace.est.edu.br:8080/xmlui/handle/BR-SlFE/340
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