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Title: A influência dos processos inquisitoriais na formação cultural do povo brasileiro
metadata.dc.creator: Oliveira, Edgard Otacílio da Silva
metadata.dc.contributor.advisor1: Wachholz, Wilhelm
Keywords: Inquisição;Brasil colonial;Formação cultural;EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA COM INFÂNCIA E JUVENTUDE;Inquisition;Colonial Brazil;Cultural formation
Issue Date: 2-Jan-2010
Publisher: Faculdades EST
Citation: OLIVEIRA, Edgard Otacílio da Silva. A influência dos processos inquisitoriais na formação cultural do povo brasileiro. 2010. 53 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) - Faculdades EST, São Leopoldo, 2010.
metadata.dc.description.resumo: O objetivo dessa pesquisa é estabelecer uma relação direta entre o imaginário do povo brasileiro, durante sua formação no período colonial, e a postura comportamental do povo na contemporaneidade, nove gerações após o fim oficial da Inquisição luso-brasileira. Parte do princípio de que essa relação está diretamente ligada ao modelo estatal-religioso imposto pela Santa Inquisição, pautado na imposição do medo e do terror, deixando marcas profundas na sociedade brasileira que resistem até os dias atuais. Por falta de visibilidade popular sobre a questão, bem exemplificada na ausência do tema em todos os níveis curriculares da educação brasileira, esse trabalho busca traçar uma linha expositiva de todo o processo inquisitorial no mundo, desde seu nascimento no século XIII. Afinal, somos sujeitos emergentes da história. O povo brasileiro é fruto de uma miscigenação ameríndia, africana e européia. Sua mentalidade foi moldada pelas culturas dessas três raças, porém, houve o direcionamento imposto pelo europeu, capitaneado pela política aristocrática portuguesa aliada ao clero católico-romano. No período em que se inicia essa colonização, a Igreja Católica Romana estava sob forte pressão da Reforma Protestante, e o Estado português vivia uma divisão política extrema entre os cristãos novos e os cristãos velhos, definida de forma preconceituosa pelo estatuto da pureza de sangue. A colônia teve a presença significativa do branco cristão novo convertido que buscou no Brasil-Colônia um lugar seguro para viver longe da perseguição inquisitorial. Muitos foram condenados ao degredo no Novo Mundo. Na realidade, os tentáculos da Inquisição alcançaram de forma incisiva todas as cidades e vilas da Colônia. Esses cristãos novos foram forçados à conversão ao cristianismo, porém, muitos mantiveram suas crenças judaicas, mouras e protestantes, aparentando ser um devoto cristão na sociedade e continuando a acreditar em suas crenças em seu íntimo e em sua família, originando, dessa forma, o homem dividido. Muitos se transformaram em criptojudeus e, em função de um grande desenvolvimento econômico e intelectual, foram tenazmente perseguidos pela Inquisição em todos os rincões do Reino de Portugal. Esse quadro de submissão do ameríndio e do africano e a dupla personalidade do branco cristão novo produzem uma sociedade caracterizada pela fragilidade de valores coletivos em termos éticos e morais. Expondo esse cenário, em termos gerais, essa pesquisa tenta visualizar uma situação contemporânea em que a corrupção é aceita passivamente, os privilégios de poucos se institucionalizam, as reivindicações sociais não se solidificam e o povo não se compromete, muito pelo contrário
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